segunda-feira, 24 de maio de 2010

CRIMINALIDADE NO BRASIL: CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES


No dia 19 de agosto do corrente ano, o jornal O Globo, publicou o resultado de uma pesquisa sobre a criminalidade no Brasil. Observe os dados (com algumas considerações minhas):

1. Há uma média de 41 000 homicídios no Brasil, dos quais 36 000 são por armas de fogo. Comentário: O Estado precisa tirar a arma da mão daquele que não tem o direito de portá-la. Carecemos de uma campanha sobre o uso de arma de fogo análoga às que são feitas contra o cigarro. Perdemos o plebiscito? que pelo menos afirmemos que o uso de arma de fogo é um perigo.

2. Nos Estados Unidos para cada 100 mil habitantes, 739 estão presos. No Brasil esta estatística cai para 191. Comentário: No Brasil mata-se mais e pune-se menos.

3. Em geral, o brasileiro não aciona a polícia, por medo e descrença. Comentário: precisamos dar tudo para o policial (bons salários, treinamento, etc.) e exigir tudo. Penas severas deveriam ser aplicadas a agentes do poder público que traíram a confiança da sociedade.

4. Para cada 3 brasileiros 1 diz ter sido vítima de assalto, 58% não deixam filho sair à noite, 53% não andam sozinhos no seu próprio bairro depois que escurece, famílias acabam tomando a decisão de sair de bairros onde impera a violência, em razão da insegurança pública o valor dos imóveis despenca. Comentário: nosso maior desafio social está no campo da segurança pública. A garantia do direito à vida é o compromisso social prioritário do Estado democrático de direito.

5. Nos Estados Unidos 64% dos homicídios são esclarecidos, em São Paulo 12% e no Rio 2,7%. Comentário: o trabalho da polícia não pode ser avaliado tão somente pelo número de pessoas mortas em confronto e armas apreendidas, mas pela qualidade do seu trabalho preventivo, investigativo e serviço de inteligência. Tal número de crimes sem esclarecimento, serve de grande estímulo para que facínoras continuem a matar.

A reportagem ainda destaca o custo social da violência, o fato de que não há uma correlação absoluta entre pobreza e violência (o que concordo inteiramente e me leva a crer que, enquanto dermos um tratamento paternalista a este problema, continuaremos dizendo que a miséria explica o estupro acompanhado do esquartejamento e morte da moça adolescente, cuja vida foi interrompida por um marginal) e a verdade de que temos que aumentar o risco do criminoso (o crime não pode compensar).

Você que faz parte desta geração, composta por homens e mulheres que convivem pacificamente com tudo isto: você não sente vergonha não?

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